Vida x Morte
Em menos de um mês a morte passou duas vezes bem perto de mim. Isso me fez refletir muito sobre as conseqüências de crescer e sobre a efemeridade da vida. Nós, seres viventes, parecemos tão fortes... mais ao mesmo tempo somos tão frágeis... Primeiro foi a mãe de uma amiga-irmã que partiu desse mundo no dia em que minha mãe comemorava mais um ano de permanência nele. De repente, ninguém esperava. Depois, na última sexta, uma amiga me liga chorando para me contar que uma pessoa muito querida, por mim e por ela (ela nos tinha como duas filhas que não teve...), havia falecido num assalto, com um tiro direto no coração. Até agora não consigo sentir isso como real. Vira-e-mexe, em casa, no trabalho, quando estou fazendo as coisas mais improváveis, me soa a voz de Carol me dizendo: "Aninha, Martinha morreu... tia Marta, Carol... morreu". Li no jornal várias e várias vezes o nome dela... o nome dela completo. E ainda assim, não consigo ter a imagem dela morta. É como se ela continuasse lá... seguindo a vida dela e eu só não pudesse vê-la por ela estar em Recife e eu em São Paulo...