segunda-feira, 21 de abril de 2003

Voltando à normalidade...
Como é bom dormir! =)
Apesar de ter que estudar Chesneaux (ninguém merece...), até que eu descansei bastante esse fim de semana... Ah! E ouvi muiiiiiiiiiita música! De verdade... eu estava sentindo falta.

"Tem certas coisas que eu não sei dizer..."
É tão chato quando isso acontece... tem um amigo meu que insiste em dizer que eu sou complicada e quando quero dizer algo, falo tudo, menos o que eu queria dizer. Acho que estou me convencendo disso. Entra aí também a história da timidez. Eu sempre teimo dizendo que a minha timidez não me atrapalha, mas tenho que admitir que muitas vezes ela me atrapalha sim. Fico protelando as coisas, adiando, até sabe quando, muitas vezes, até quando a situação não faça o menor sentido e eu não precise mais fazer nada. Preciso me vigiar nesse sentido...

Provas...
Acho que fui mal em 90% delas... portanto, como diria minha irmã, SC (Sem Comentário...) =/

"Vai nos levar pra um mundo de magia, onde a fantasia vai entrar na dança..."
Ontem estávamos eu e o Gu no maior papo nostalgia, relembrando as músicas e desenhos que marcaram nossa infância. Aliás, fomos até bem atrás. Me diverti muito comentando pérolas da Jovem Guarda como Sou Rebelde (Euuuuuuuu sou rebelde porque o mundo quis assimmmmmmmm... porque nunca me trataram com amorrrrrrrrrrrrr e as pessoas se fecharam para mimmmmm) e Tijolinho (Você é meu amorzinho, você é meu amorzão, você é o tijolinho, que faltava na minha construção)... quer mais piegas do que isso? Por isso mesmo que eu gosto... me diverto à beça quando cismo de tocar Jovem Guarda... =)

Ainda falando em música...
Hoje eu bloguei lá no "Cantando Eu Mando a Tristeza Embora..." por escolha do Lê, sobre a música Como Nossos Pais, de Belchior, consagrada na voz de Elis.

Desejo
(Victor Hugo)

Desejo primeiro que você ame,
E que, amando, também seja amado.
E que, se não for, seja breve em esquecer.
E que, esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas, se for, saiba ser sem se desesperar.

Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
E porque a vida é assim,
Desejo ainda que você tenha inimigos.
Nem muitos, nem poucos,
Mas na medida exata para que, algumas vezes,
Você se interpele a respeito de suas próprias certezas.
E que entre eles, haja pelo menos um que seja justo,
Para que você não se sinta demasiado seguro.

Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.

Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.

Desejo que você, sendo jovem,
Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que elas escorram por entre nós.

Desejo por sinal, que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso
E o riso constante é insano.

Desejo que você descubra,
Com o máximo de urgência,
Acima e a respeito de tudo, que existem oprimidos,
injustiçados e infelizes, E que estão bem à sua volta

Desejo ainda que você afague um gato,
Alimente um cuco e ouça o joão-de-barro
Erguer triunfante o seu canto matinal
Porque assim, você se sentirá bem por nada.

Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba
De quantas muitas vidas é feita uma árvore.

Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro,
Porque é preciso ser prático.
E que pelo menos uma vez por ano
Coloque um pouco dele
Na sua frente e diga: "Isso é meu",
Só para que fique bem claro quem é o dono de quem.

Desejo também que nenhum de seus afetos morra,
Por eles e por você,
Mas que se morrer, você possa chorar
sem se lamentar e sofrer sem se culpar.

Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor pra recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a lhe desejar.

* Uma vez mandei esse poema pra um amigo ler... ele me perguntou se o autor queria dizer com esse poema que a felicidade é impossível. Na hora eu não concordei. Mas talvez seja algo a se pensar...