Velhos tempos, velhos dias...
Esta noite aconteceu-me algo que há muito não acontecia: fui tomada por uma terrível insônia. E enquanto esta ali naquela guerra, tentando conciliar o sono, minha vida começou a desfilar pela minha mente e fui obrigada a assistir aquele filminho. Ninguém me perguntou se eu queria assistir. Lembrei-me dos meus tempos lá no NESJEM, da praia todo domingo, dos castelinhos e piscina de areia, das brigas com os meninos pelo espaço privilegiado da minha rua onde jogávamos futebol, da viagem a Fortaleza, da minha volta a São Paulo... dos meus velhos tempos, velhos dias... lembrei também de dias não tão velhos assim que de repente me pareceram em outra dimensão. As lembranças vinham-me nebulosas, fugidias... tudo tão fugaz. Tudo me pareceu tão longíquo que me vi outra. Eu era outra vivendo tudo aquilo. Ontem senti quanto eu mudei em tão pouco tempo. Como minha vida mudou. Meus planos, minhas prioridades, meu dia-a-dia. Nesta madrugada vivi um momento "retrato em branco e preto"...
Vou colecionar mais um soneto, outro retrato em branco e preto a maltratar meu coração..."
Soneto a Quatro Mãos
Tudo de amor que existe em mim foi dado.
Tudo que fala em mim de amor foi dito.
Do nada em mim o amor fez o infinito
Que por muito tornou-me escravizado.
Tão pródigo de amor fiquei coitado
Tão fácil para amar fiquei proscrito.
Cada voto que fiz ergueu-se em grito
Contra o meu próprio dar demasiado.
Tenho dado de amor mais que coubesse
Nesse meu pobre coração humano
Desse eterno amor meu antes não desse.
Pois se por tanto dar me fiz engano
Melhor fora que desse e recebesse
Para viver da vida o amor sem dano.
Paulo Mendes Campos + Vinícius de Moraes
Adições...
Fiz outra matéria! =D
Acho que vai ao ar ainda hoje... eu linko aqui depois...
beijinhos...
=)